Desde as primeiras máquinas a vapor, as revoluções industriais sempre foram marcadas por uma profunda mudança no processo de produção. O desenvolvimento de processos cada vez mais modernos de controle e automação, aliados à Internet das Coisas (do inglês Internet of Things, IoT) promete revolucionar o dia a dia das indústrias, dando início à 4º Revolução Industrial.
Aliado a isso, nasce a necessidade de novos perfis de profissionais, aptos a desenvolver (e consolidar) fábricas cada vez mais automatizadas. Diferentemente do padrão atual de máquinas controladas por meio de softwares, a comunicação machine to machine (característica intrínseca à IoT) exigirá que o profissional se torne cada vez mais multidisciplinar, tendo conhecimentos além da sua área de formação.
O profissional de TI, peça fundamental da Indústria 4.0, deverá convergir em si, conhecimentos de informação, eletrônica, hardware e controle. Além de, claro, possuir vasto conhecimento de sua “área natural”, principalmente em análise de dados. Isso se deve ao fato de que, numa indústria automatizada, os equipamentos são cada vez mais intercomunicados, ficando cada vez mais difícil definir a barreira entre as áreas.
A automatização das fábricas acarretará também na sistemática diminuição dos operários de máquinas, fazendo com que a função de líder mude bastante. Deixando de ser coordenador de produção, caberá a ele a função de manter a equipe entrosada e unida. Essa união, aliás, será primordial num ambiente digitalizado, onde o trabalho em equipe é carro chefe da produtividade.
Resumindo em uma palavra, será preciso ao novo profissional flexibilidade. A capacidade de atuar em diferentes áreas, e de integração das mesmas, é a base da indústria 4.0, deixando de ser um diferencial para se tornar uma necessidade e uma exigência de mercado. Portanto, é preciso se preparar para atender as novas demandas e não cair na obsolescência.