10 perguntas para Adalci Righi, Diretora de Relacionamento Institucional da LogPyx
Por: tegUP, aceleradora de startups.
A 4ª Revolução Industrial aconteceu na última década (e está acontecendo ainda em todo o mundo) com a ambiciosa meta de adoção de um conjunto de tecnologias emergentes de TI e automação industrial para gerar novos ambientes produtivos com intensa digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas.
Mais ambicioso ainda do que vislumbrar o Brasil adotando essas tecnologias na prática, foi o trabalho que começou a ser desenvolvido por uma startup do ramo de logística para aplicar os benefícios da Indústria 4.0 e da Internet das Coisas (IoT) no processo de carga e descarga de veículos: reduzir em 50% o tempo de veículos no pátio.
O Revolog, uma plataforma de RTLS (Real Time Location System) da LogPyx, que possibilita a otimização de fluxos de veículos para logística de pátio, é o carro-chefe da startup e cumpriu esse ousado objetivo. A solução faz parte de uma linha de produtos com tecnologia de ponta, fazendo uso de recursos de Internet Industrial das Coisas, Otimização Matemática e estatística, pesquisa operacional, heurísticas e, claro, da Industria 4.0.
Fazendo parte de um mercado de Indústria 4.0 que analistas globais indicam ter potencial de US$ 15 trilhões em 15 anos, a visão da LogPyx é bastante otimista sobre esse mercado. “Estamos em um momento de mudança acelerada”, explica Adalci Righi, Diretora de Relacionamento Institucional da Logpyx. “O potencial de ganho é enorme.”
Leia abaixo a entrevista completa com a executiva da Logpyx.
tegUP: Como foi criada a LogPyx? Ela surgiu a partir de uma demanda do mercado?
AdalciRighi: A LogPyx surgiu de várias pesquisas na área de logística em indústrias da região de Minas Gerais e São Paulo. Na época, em 2015, os gestores desse segmento procuravam uma solução para evitar as multas da Lei do caminhoneiro que havia sido promulgada naquela época. A preocupação era de reduzir o tempo de permanência dos veículos no pátio para no máximo cinco horas, para ficarem em consonância com a Lei e não terem o custo adicional de estadia.
Por que a opção de iniciar uma startup no segmento de logística? Como você enxerga esse mercado?
AdalciRighi: Percebemos que a área de logística era uma área deficiente em tecnologia nas indústrias no Brasil. O potencial de ganho é enorme, por isso decidimos investir nesse mercado.
Quais seus diferenciais das demais empresas do mercado?
AdalciRighi: Nós usamos uma tecnologia nova: IoT (internet das coisas) o que nos permitiu criar um produto diferenciado com um valor de gestão maior e com custo inferior.
Por que buscaram o programa da TegUP? Quanto tempo a empresa já tinha quando entraram no programa?
Adalci Righi: A LogPyx já existia há 2 anos quando entramos no programa de aceleração da tegUP. Buscamos a tegUP porque percebemos que se tratava de uma empresa forte no mercado em logística e capaz de nos alavancar comercialmente. Também percebemos a Tegma como uma investidora estratégica para a LogPyx.
Qual foi a estratégia de vocês para serem vencedores desse programa? O que acha que levou a serem escolhidos?
Adalci Righi: A mesma estratégia de mercado: produto diferenciado em um mercado carente de inovação. Acreditamos que foi exatamente o produto que nos permitiu sermos escolhidos.
Como foi cada etapa desse processo? O que cada etapa teve de mais interessante?
Adalci Righi: A melhor etapa foi a avaliação para investimento. Foi um período no qual ficamos muito próximos do time da Tegma e criamos laços de amizade que vão além do negócio. Hoje, consideramos a Tegma uma parceira estratégica.
Olhando a empresa quando entrou no programa de aceleração e hoje, já é possível ver uma diferença? Há mais iniciativas que estão por vir após essa fase de aceleração?
Adalci Righi: Sim, a Tegma alavancou negócios para a gente. Agradeço muito ao time de inovação e ao comercial da Tegma. Em breve teremos grandes notícias sobre essa parceria. E, sim, a nossa parceria continua. A Tegma está em contato com clientes estratégicos para a LogPyx e está nos apoiando nesses processos comerciais.
A Logpyx utiliza Internet Industrial das Coisas, Otimização Matemática e estatística, pesquisa operacional, heurísticas e Industria 4.0. Como começaram a aplicar esses conceitos em seus produtos? Foi um caminho fácil?
Adalci Righi: Não há nada fácil quando se trabalha com inovação. Foi muito sangue e suor para chegarmos a um produto robusto e escalável. Hoje, temos um produto capaz de atender a empresas com rigorosos processos de segurança e grande exigência de qualidade de informação.
Somos capazes de informar com precisão qual doca um veículo ocupou e por quanto tempo, por exemplo. Tudo isso de forma automática, sem que haja necessidade de digitação de placas ou ação humana.
Como você enxerga o universo de startups com as quais convive? É realmente um mercado disruptivo no Brasil?
Adalci Righi: Sim. As startups vieram para mudar o modus operandi do mercado, seja ele na indústria, no comércio ou nas relações financeiras. Acredito que o mundo está vivendo um momento de reacomodação tecnológica.
Estamos em um momento de mudança acelerada. Nossos netos terão um mundo diferente do nosso para viver e experienciar.
Tem alguma dica ou mensagem para outras startups que querem traçar esse mesmo caminho?
Adalci Righi: Não tenham medo de inovar e de testar coisas novas. Tenham medo de ficarem estagnadas, pois essa é a receita do fracasso.
Confira a entrevista com a Aldaci Righi, Diretora de Relacionamentos Institucional da empresa Logpyx, e descubra como foi o processo de criação de uma startup no ramo da logística aplicada aos benefícios da indústria 4.0 e internet das coisas.