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Cores dos Riscos: O Guia Completo para Segurança do Trabalho

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Auditoria LogPyx

A segurança no ambiente de trabalho é um assunto sério. Mas, muitas vezes, a comunicação verbal não é rápida o suficiente para evitar um acidente.

É aqui que entram as cores dos riscos.

Você sabia que o nosso cérebro processa informações visuais muito mais rápido do que textos?

Por isso, a sinalização correta dentro de uma empresa não serve apenas para “cumprir tabela”. Ela salva vidas.

Se você quer entender como funciona a classificação de risco por cor e como aplicar isso no dia a dia da sua operação, você está no lugar certo.

Neste artigo, vamos detalhar o significado de cada tonalidade e como elas compõem um ambiente de trabalho mais seguro.

O que são as cores dos riscos ocupacionais?

Os riscos ocupacionais são ameaças à saúde e integridade do trabalhador presentes no ambiente laboral.

Para facilitar a identificação imediata dessas ameaças, foi criada uma padronização visual.

As cores dos riscos funcionam como um código universal dentro da segurança do trabalho.

O objetivo é simples: alertar o colaborador sobre o tipo de perigo que ele corre ao entrar em determinada área ou manusear certa máquina.

Essa metodologia é a base para a criação do que chamamos de Mapa de Risco (falaremos mais sobre ele adiante).

Além das cores, esses riscos também são classificados por intensidade (tamanho do círculo no mapa) e tipo.

Vamos agora mergulhar no significado de cada cor.

A Classificação de Risco por Cor: Guia Detalhado

Para organizar a segurança, cada grupo de risco recebe uma cor específica.

Isso ajuda na memorização e na resposta rápida dos funcionários. Veja abaixo o que cada uma representa.

1. Verde: Riscos Físicos

Quando falamos em riscos físicos, não estamos falando necessariamente de “machucados” visíveis imediatos, mas sim de energias presentes no ambiente.

A cor verde é utilizada para identificar agentes que exigem proteção física devido às características do local.

Os principais exemplos são:

  • Ruídos excessivos: Que exigem proteção auricular.
  • Vibrações: Comuns em operações com máquinas pesadas.
  • Temperaturas extremas: Tanto calor quanto frio excessivo.
  • Radiação: Ionizante e não ionizante.
  • Umidade: Ambientes alagados ou muito úmidos.
  • Pressão: Trabalhos em condições hiperbáricas (mergulho, por exemplo).

Ao ver o círculo verde no mapa, o colaborador já sabe que precisará de EPIs voltados para proteção contra esses agentes físicos.

2. Marrom: Riscos Biológicos

A cor marrom indica a presença de riscos biológicos.

Essa cor é muito comum em hospitais, laboratórios, coleta de lixo e tratamento de esgoto.

Ela alerta para a presença de micro-organismos que podem causar doenças graves.

Os principais agentes são:

  • Vírus.
  • Bactérias.
  • Protozoários.
  • Fungos.
  • Parasitas.
  • Bacilos.

A sinalização marrom exige higiene rigorosa, vacinação em dia e uso de EPIs específicos para evitar contaminação.

3. Azul: Riscos de Acidentes (Mecânicos)

O azul refere-se aos riscos de acidentes, também chamados de riscos mecânicos.

São situações que podem gerar ferimentos imediatos ao trabalhador.

Geralmente, estão ligados à falta de organização ou problemas na estrutura física.

Os riscos trabalho classificados em azul incluem:

  • Arranjo físico inadequado.
  • Máquinas e equipamentos sem proteção.
  • Ferramentas defeituosas ou inadequadas.
  • Iluminação inadequada.
  • Eletricidade (risco de choque).
  • Probabilidade de incêndio ou explosão.
  • Armazenamento inadequado.
  • Animais peçonhentos.

O azul serve para lembrar que a atenção deve ser redobrada ao caminhar ou operar equipamentos naquele setor.

4. Vermelho: Riscos Químicos

O vermelho é uma cor de alerta intenso, e aqui ele representa os riscos químicos.

Esses riscos são, muitas vezes, invisíveis a olho nu, o que torna a sinalização ainda mais vital.

Estamos falando de substâncias que podem penetrar no organismo pela via respiratória, pela pele ou por ingestão.

Os riscos químicos incluem:

  • Poeiras minerais ou vegetais.
  • Fumos metálicos (comuns em soldagem).
  • Gases e vapores tóxicos.
  • Névoas e neblinas de produtos químicos.
  • Substâncias compostas ou produtos químicos em geral.

Em locais marcados com vermelho, a atenção à proteção respiratória e luvas adequadas costuma ser obrigatória.

5. Amarelo: Riscos Ergonômicos

Por fim, temos o amarelo pede atenção. Ele representa os riscos ergonômicos.

Diferente dos anteriores, o risco ergonômico não vem de uma energia externa ou de um produto, mas da relação entre o corpo do trabalhador e a tarefa.

Muitas vezes ignorados, esses riscos são os maiores causadores de afastamentos a longo prazo.

Eles englobam:

  • Esforço físico intenso.
  • Levantamento e transporte manual de peso.
  • Postura inadequada.
  • Controle rígido de produtividade.
  • Imposição de ritmos excessivos.
  • Trabalho em turno noturno.
  • Jornadas de trabalho prolongadas.
  • Monotonia e repetitividade.

Identificar a área amarela ajuda a planejar pausas, ginástica laboral e adequação do mobiliário.

Como identificar e classificar esses riscos?

Agora que você conhece as cores, precisa entender como aplicar a classificação de riscos cores na prática.

Não basta apenas pintar uma parede. É necessário criar uma representação gráfica.

Essa representação é feita através de círculos no Mapa de Risco.

Além da cor (que indica o tipo), usamos o tamanho do círculo para indicar a gravidade:

  1. Círculo Pequeno: Risco leve.
  2. Círculo Médio: Risco moderado.
  3. Círculo Grande: Risco elevado.

👉 [Como montar um mapa de risco para sua operação: O Guia Prático]

Esses círculos são posicionados sobre a planta baixa do local de trabalho.

Assim, qualquer pessoa que olhe para o mapa consegue entender imediatamente onde existe perigo e qual o nível de atenção necessário.

Isso orienta os colaboradores que circulam por determinado local, garantindo que ninguém entre desprotegido em uma área crítica.

Por que aplicar as cores na sua empresa?

Você pode se perguntar: “Qual é a real importância de decorar essas cores?”.

A resposta vai além da burocracia.

O uso correto das cores dos riscos surgiu em um momento histórico onde os acidentes eram frequentes e causavam perdas irreparáveis.

Tanto perdas econômicas para as empresas quanto, principalmente, perdas humanas.

Categorizar os problemas de forma visual simplificou a segurança.

A aplicação correta garante:

  • Comunicação rápida: Não é preciso ler um manual para saber que uma área vermelha exige cuidado com produtos químicos.
  • Redução de acidentes: A visualização constante mantém o estado de alerta.
  • Cultura de segurança: Mostra que a empresa valoriza a integridade física e mental da equipe.

Portanto, utilizar essa demarcação é um fator primordial para a sustentabilidade do negócio e o bem-estar do time.

A Tecnologia na Gestão de Riscos

Gerenciar todas essas cores, locais e níveis de gravidade pode ser complexo em grandes operações.

É aqui que entra a tecnologia.

Hoje, a gestão de riscos e adicionais de insalubridade ou periculosidade pode ser facilitada por meio de um software de SST (Saúde e Segurança do Trabalho).

Esses sistemas ajudam a:

  • Mapear os riscos digitalmente.
  • Controlar a entrega de EPIs baseada nas cores dos riscos de cada setor.
  • Gerar relatórios para conformidade legal (como o eSocial).
  • Manter o histórico de segurança atualizado.

Automatizar esse processo reduz erros humanos e garante que o mapa de risco da sua empresa esteja sempre fiel à realidade.

Conclusão

Saber identificar as cores dos riscos é o primeiro passo para um ambiente de trabalho seguro.

Do verde dos riscos físicos ao azul dos riscos de acidentes, cada tonalidade conta uma história sobre o ambiente e como devemos nos comportar nele.

Ao aplicar esse conhecimento, você permite que seus funcionários se locomovam pela organização sem medo.

Você protege vidas e evita prejuízos.

Agora que você já domina a teoria das cores e tipos de riscos, que tal colocar a mão na massa e criar a representação visual da sua empresa?

Se você quer aprender o passo a passo prático para desenhar esse documento vital, confira nosso próximo artigo:

👉 [Como montar um mapa de risco para sua operação: O Guia Prático]


Escrito por: Vitor Rocha (Analista de marketing)

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